Como ser o programador júnior que toda empresa quer contratar?

Primeiro Post ⚠️

Sobre mim

Prazer sou Elio Fernandes, sou desenvolvedor Full-Stack e tenho 20 anos, comecei a minha carreira profissional (Estagiário) com 17 anos de idade, como o titulo sugere esse post contém algumas dicas de coisas que…


This content originally appeared on DEV Community and was authored by Elio Fernandes

Primeiro Post ⚠️

Sobre mim

Prazer sou Elio Fernandes, sou desenvolvedor Full-Stack e tenho 20 anos, comecei a minha carreira profissional (Estagiário) com 17 anos de idade, como o titulo sugere esse post contém algumas dicas de coisas que aprendi ao longo de 3 anos como Desenvolvedor. Inspirado pelo William Oliveira, tenho um grande respeito por esse cara, muito top. Razão pela qual decidi partilhar esse post para o pessoal de cá.

Como conseguir se destacar no mercado logo como iniciante em programação, como ser o programador ou programadora junior que toda empresa quer contratar.

O que mais ouvimos falar é que o mercado de programação está muito aquecido, que existem muitas vagas e que os programadores e programadoras estão escolhendo emprego. OK, é verdade. Mas onde estão as vagas para pessoas iniciantes?

Depois de estudar tanto, praticar e não aguentar mais de ansiedade de saber o quanto ainda precisamos aprender para sermos considerados bons no que fazemos, o maior problema que enfrentamos na área de desenvolvimento de software é conseguir o primeiro emprego. Depois do primeiro emprego, tudo ficará mais fácil.

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Porém as empresas nos colocam naquele velho paradigma:

"Como conseguir o primeiro emprego sem nunca ter trabalhado na área se as empresas buscam pessoas para o primeiro emprego COM experiência?"

Isso quando não procuram um estagiário sênior. Aquele profissional que é iniciante, mas domina 15 linguagens de programação, 35 frameworks JavaScript, 212 maneiras de subir uma aplicação para produção e ainda faz o café da turma.

Realmente o mercado nos coloca em uma situação desesperadora quando somos pessoas iniciantes na área. Existem maneiras de não nos perdermos nesse universo de requisitos e entrevistas estranhas: manter nosso foco e aprender a nos valorizarmos como profissionais, não como “profissionais iniciantes”.

Para ser uma pessoa em nível júnior que toda empresa quer contratar vamos precisar arregaçar as mangas e sair da nossa zona de conforto, além de conhecer bem o que as empresas querem. Os conselhos que dou neste artigo são para pessoas que querem conseguir o emprego rapidamente e/ou um bom emprego e, para isso, é necessário nos esforçarmos (às vezes um pouco/muito mais dependendo do seu contexto social atual). Nada de bom em nossa carreira virá sem esforço, então você vai precisar ler estas dicas e assumir o protagonismo de sua vida, vai ter que tomar as rédeas do seu futuro profissional.

Eu começo dando conselhos de vida para você e depois eu foco na parte técnica. Espero que, depois destas dicas, você consiga seu sonhado emprego como dev. Saiba que já estou torcendo por você.

Cuidado com o desespero

O desespero é seu inimigo. Não importa a situação que nos deparamos, se perdemos a calma podemos cair em uma armadilha terrível ou fazer coisas que vamos nos arrepender depois.

Não peça para trabalhar de graça, cuidado ao pedir uma oportunidade para aprender, onde a empresa vai te colocar na menor posição, com o menor salário de todos e com as “tarefas mais fáceis”.

O que pode acontecer em uma situação dessas é a empresa se aproveitar da sua situação para ter mais um braço, mais um recurso, em sua equipe pagando pouco pela produção. Não se esqueça: a empresa não é sua amiga. Apesar da boa intenção de algumas pessoas que trabalham nela, a empresa precisa do melhor ou maior resultado com baixo custo e é só. Depois que você entra em um emprego com um salário abaixo do mercado ou abaixo dos demais da equipe será muito difícil conseguir equiparar sua faixa aos demais e daí você pode cair no fluxo de ter que trocar de emprego para então ter um salário decente para o que você faz.

Aprenda a expor seus pontos fortes

Já percebi nas mentorias e em entrevistas com pessoas em nível iniciante (estagiários(as) e juniores) que o que elas mais fazem é dizer o que ainda não sabem.

Por exemplo:

  • Eu sei Python, mais ainda não sei Orientação a Objetos
  • Já faço aplicações com JavaScript, mas ainda não domino PWAs
  • Eu uso Elixir, mas apenas com framework Phoenix.
  • Eu uso AWS, mas ainda não sei criar um pipeline no Jenkins

Olha, eu fico bem feliz de saber que você tem noção da importância da orientação a objetos, de que está antenado(a) com o mercado e conhece as PWAs e que já deve ter ouvido falar de continuous integration e o uso do Jenkins ou outras ferramentas do tipo, mas o que eu quero ouvir mesmo de você é o que você sabe fazer.

Se você sabe Python, o que você já fez com a linguagem? Se você faz aplicações com JavaScript, quais aplicações você fez? Se usa AWS, o que foi que você usou da plataforma?

Você tem muito para falar sobre seu conhecimento, você só não se valoriza. Na hora da entrevista a maioria das pessoas em nível júnior se auto-sabotam. Até mesmo depois de algum tempo de área nós fazemos isso, mas no início de carreira é extremamente recorrente.

Você precisa saber uma linguagem de programação

Como existem muitas linguagens, muitas ferramentas e muitas vagas com requisitos absurdos, pessoas iniciantes se perdem em “o que eu devo saber?”.

Você deve buscar um foco. Analise o mercado e veja quais são as tecnologias que você vai precisar estudar e foque nelas. Com certeza você vai ver uma lista imensa de linguagens e frameworks, mas todas essas coisas são apenas ferramentas para um mesmo objetivo.

Se você quer trabalhar com backend, temos Python, PHP, Java, C# e JavaScript como linguagens com muita oportunidade de mercado, mas sabendo bem qualquer uma delas você consegue aprender outra com menos dificuldades. Se você quiser aprender todas de uma só vez, vai cair na armadilha da paralisia por análise e não vai sair do lugar. Você nunca terá um portfólio (comento sobre isso mais para frente) para apresentar em uma entrevista ou no seu currículo.

Foque naquilo que mais te interessa: a empresa ou a área de atuação onde você gostaria de trabalhar está usando o que?

Se você quer trabalhar em uma agência que utiliza WordPress e estudar Java, não vai dar muito certo. O mesmo vai acontecer se você quiser trabalhar em uma startup focada em dados e não estudar Python.

O que você precisa é encontrar uma linguagem ou um nicho (web, mobile, back, front, o que for) e aprender muito sobre aquilo. Então você estará se preparando bem para a entrevista técnica, onde será cobrado conhecimento neste nicho, não em tudo o que existe na área de computação.

Aprenda testes de unidade

Unit tests, ou testes de unidade, não eram tão importantes para uma pessoa iniciante a algum tempo atrás, mas hoje, como existe muito material disponível na internet e como é muito mais fácil fazer isso hoje em dia, isso se tornará um diferencial no seu currículo.

Se você não perder tempo com a falta de foco, conseguirá tempo para aprender testes de unidade e garantir um diferencial valioso de mercado que é a qualidade de software logo no começo da sua carreira.

A maioria das empresas que trabalham com produtos grandes (ou mesmo as que estão começando) possuem uma massa de testes bem grande para garantir que não terão problemas ao adicionar algo novo ou mesmo deletar uma funcionalidade antiga do sistema. Se você chegar em uma entrevista demonstrando este conhecimento irá detonar!

Versionamento de código

Você precisa aprender versionamento de código e, hoje, principalmente aprender a usar o Git.

Não é necessário decorar tudo o que o Git nos possibilita fazer, pois temos artigos que listam os comandos mais utilizados e é só o que será necessário para o primeiro emprego, mas é importante que você saiba versionar código e que você mande o teste prático com o mínimo de carinho (commits com mensagens bem descritivas, um README decente e um histórico organizado).

O Git ainda será necessário para o próximo passo das minhas dicas: a criação do portfólio.

Crie um portfólio

É estranho ouvirmos para criarmos um portfólio sendo que somos uma pessoa em início de carreira, não?

Mas isso é possível!

Quando estamos aprendendo qualquer coisa na área programação (mesmo quando estamos aprendendo programação de fato), sempre criamos códigos e projetos que poderiam ser expostos em algum lugar. No nosso caso este lugar é o GitHub ou qualquer plataforma de hospedagem de código onde você possa colocar seus projetos e deixá-los públicos.

E não somente os projetos de tecnologias que estamos estudando, podemos também contribuir com open source quando somos iniciantes: contribuindo para projetos open source mesmo sendo iniciante.

Este portfólio é extremamente importante, pois mais valerá ver o que você já fez do que você somente dizer que fez x ou y. Não tem como confiar 100% na palavra de um candidato a uma vaga na empresa, pois as pessoas, infelizmente, podem mentir.

E assim vai… Quando você estiver estudando algo, crie um repositório e suba seu código para lá. Se for um projeto de software, app, sistema, etc., melhor ainda.

Participe de comunidades de programação

Comunidades são meios muito úteis de garantirmos nosso foco, de encontrarmos as melhores vagas e, o melhor, conseguir apoio para nossa caminhada no universo da programação.

Nas comunidades temos pessoas que podem te mentorar, podem tirar suas dúvidas e ainda podem te indicar nas empresas onde trabalham.

Mas lembre-se: comunidades são locais onde nós procuramos fazer amizades com as pessoas. Eu conheci pessoas em comunidades a 5 anos atrás que hoje são meus melhores amigos. A pior coisa que você faz é querer se aproximar de alguém com segundas intenções. Faça amigos e se eles gostarem de você vão querer te ter por perto onde trabalham e vão te indicar. Se não puderem te ajudar assim, vão te ajudar de outra maneira, mas porque são seus amigos e é isso que fazemos uns pelos outros.

Visite essas comunidades como:, Rocketseat, DevComunity, .

Faça um bom currículo

Por mais que o velho papel perdeu espaço para os meios digitais, ainda temos empresas e plataformas de vagas que pedem um currículo formal.

Você precisa ter um arquivo preparado para essas horas. Neste documento é importante listar algumas coisas na sequência:

  • uma breve descrição do seu perfil
  • suas habilidades técnicas e não técnicas
  • links para seu portfólio, LinkedIn e o que mais você quiser/puder mostrar
  • se você fala outras línguas, possui cursos na área, se tem graduação, se trabalha de forma voluntária, se já fez intercâmbio
  • liste somente as últimas três experiências e coloque uma boa descrição do que você fazia nesse emprego.

Isso, claro, depois de seus dados pessoais, como endereço, um email atualizado e telefones para contato. Por favor, jovem, não vá perder oportunidades colocando um email que você nunca abre ou um telefone que está sempre fora de área. Se você, assim como eu, mora ou morou em um lugar com o sinal péssimo, deixe o telefone de alguém que pode anotar recado para você, como um parente ou mesmo alguém da vizinhança que topa te ajudar.

Mantenha seu LinkedIn atualizado

Assim como o currículo formal, mantenha seu LinkedIn muito bem atualizado. Se você ainda não criou um perfil na plataforma, por favor, corre fazer isso agora!

Você precisa aparecer nas pesquisas quando os recrutadores e recrutadoras pesquisarem por profissionais na plataforma. E essa é uma das plataformas mais utilizadas no mundo para essa pesquisa de perfis.

Conclusão ?

Vamos recapitular:

  • a empresa não é sua amiga
  • você precisa se valorizar e cobrar o correto pelo seu trabalho
  • você precisa ter foco
  • você precisa reforçar e entender os seus pontos fortes
  • pare de se auto-sabotar
  • aprenda bem a tecnologia que você vai utilizar no trabalho
  • aprenda testes de unidade
  • aprenda algum framework
  • aprenda versionamento de código
  • crie um portfólio
  • participe de comunidades de programação
  • faça um bom currículo e mantenha seu LinkedIn atualizado

Perceba que, da parte técnica, temos somente alguns pontos: uma tecnologia (linguagem de programação ou o que for seu nicho), testes de unidade, algum framework, versionamento de código. No nosso dia-a-dia também é assim: não passamos todas as horas de trabalho batendo tecla, a maior parte do tempo estamos pensando em como resolver um problema da melhor maneira possível.

Todo esse caminho que você vai percorrer servirá para que você aprenda a resolver problemas, cada vez da melhor maneira e assim se tornará um profissional mais valioso para o mercado, mas você está começando agora… Não queira colocar o carro na frente dos bois, procure controlar sua ansiedade e em todo caso conte com as comunidades de programação para te ajudar.

Partilha o post para os demais devs, com o intuito de ajudar os que pretendem começar uma carreira.

Estou preparando mais contéudos de valor como este, então siga-me nas redes sócias para não perder nenhuma delas.

Obrigado. ?
Vamos ser amigos, criar: Redes socias


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