This content originally appeared on DEV Community and was authored by Milton Jesus
“Sempre entregue mais do que o esperado.” , Larry Page Co-fundador do Google
Ei, pessoal!
Quis escrever esta série de artigos (serão muitos 😅) porque vejo como é importante para nós, profissionais de infraestrutura e de verdade esse é um dos maiores débitos técnicos que temos atualmente, engenheiros que não sabem projetar, entendermos bem a arquitetura de microsserviços. No mundo de TI atual, essa abordagem não é apenas uma moda passageira, mas uma necessidade real para criar sistemas mais flexíveis, escaláveis e resilientes.
Saber como os microsserviços funcionam e como arquitetá-los corretamente pode fazer toda a diferença na eficiência e no sucesso dos nossos projetos. Espero que este artigo ajude a clarear esses conceitos e mostre o valor de investir tempo em aprender sobre microsserviços
Microsserviços são uma abordagem arquitetural que divide uma aplicação monolítica em um conjunto de serviços menores, independentes e focados em funções específicas. Cada microsserviço é desenvolvido, implantado e escalado de maneira independente, proporcionando flexibilidade e agilidade no desenvolvimento de software. Exploraremos algumas das principais características que definem os microsserviços.
1. Descentralização
Uma das características mais marcantes dos microsserviços é a descentralização. Ao contrário das arquiteturas monolíticas, onde todos os módulos compartilham um único banco de dados, cada microsserviço gerencia seu próprio armazenamento de dados. Isso permite que os serviços escolham a tecnologia de banco de dados que melhor se adapta às suas necessidades específicas, seja SQL, NoSQL, ou outro tipo.
2. Desenvolvimento Independente
Microsserviços permitem que diferentes equipes trabalhem simultaneamente em diferentes partes da aplicação sem interferir umas nas outras. Cada serviço pode ser desenvolvido e atualizado de maneira independente, utilizando diferentes linguagens de programação e frameworks, se necessário. Essa independência acelera o ciclo de desenvolvimento e facilita a implementação de novas funcionalidades.
3. Escalabilidade
Microsserviços são projetados para serem altamente escaláveis. Como cada serviço é um componente separado, é possível escalar apenas os serviços que exigem mais recursos, em vez de escalar toda a aplicação. Isso resulta em uma utilização mais eficiente dos recursos e pode reduzir custos operacionais.
4. Implantação Contínua
A arquitetura de microsserviços facilita a implantação contínua (CI/CD). Como os serviços são independentes, novos códigos podem ser implantados sem interromper o funcionamento da aplicação todo. Isso permite que as equipes lancem novas versões e correções de bugs rapidamente, melhorando a capacidade de resposta às mudanças do mercado e feedback dos usuários.
5. Resiliência
Microsserviços aumentam a resiliência da aplicação. Em um sistema monolítico, a falha de um módulo pode causar a falha de toda a aplicação. Com microsserviços, a falha de um serviço geralmente não afeta os outros, melhorando a disponibilidade geral do sistema. Além disso, padrões como Circuit Breaker podem ser implementados para isolar falhas e evitar que elas se propaguem.
6. Facilidade de Manutenção
Manter e atualizar uma aplicação monolítica pode ser desafiador, especialmente à medida que o código cresce. Microsserviços, por outro lado, são mais fáceis de manter, pois cada serviço é menor e mais focado. A separação clara de responsabilidades torna o código mais compreensível e a detecção de bugs mais simples.
7. Tecnologias Heterogêneas
Uma das vantagens dos microsserviços é a liberdade de escolher diferentes tecnologias para diferentes serviços. Por exemplo, um serviço que exige processamento intensivo pode ser implementado em uma linguagem de alto desempenho, enquanto um serviço de front-end pode usar uma linguagem mais adequada para desenvolvimento rápido. Essa flexibilidade permite a utilização das melhores ferramentas para cada tarefa específica.
8. Comunicação via APIs
Microsserviços se comunicam entre si, geralmente via APIs RESTful ou mensageria. Isso permite que os serviços sejam consumidos por diferentes clientes (web, mobile, etc.) e facilita a integração com outras aplicações e serviços externos.
9. Monitoramento e Logging
Devido à natureza distribuída dos microsserviços, o monitoramento e logging são cruciais. Ferramentas de monitoramento ajudam a rastrear a performance de cada serviço, identificar gargalos e detectar falhas. Sistemas de logging centralizados permitem a agregação e análise de logs de diferentes serviços, facilitando a depuração e a manutenção do sistema.
10. Automação
Automação é essencial em uma arquitetura de microsserviços, especialmente para CI/CD, testes e implantação. Ferramentas de automação ajudam a garantir que os microsserviços sejam testados, integrados e implantados de forma contínua e eficiente, minimizando o erro humano e acelerando o ciclo de desenvolvimento.
Os microsserviços oferecem uma série de vantagens em termos de flexibilidade, escalabilidade e resiliência, tornando-os uma escolha popular para muitas organizações que buscam melhorar a agilidade e a eficiência de suas operações de TI. No entanto, eles também trazem complexidades, como a necessidade de gerenciamento de dados distribuídos, comunicação entre serviços e monitoramento. Com as práticas e ferramentas certas, essas complexidades podem ser gerenciadas, permitindo que as organizações colham os benefícios dessa arquitetura poderosa e moderna.
Espero ter contribuído com o crescimento do seu conhecimento e continue acompanhando os outros artigos dessa serie!
Referencias:
Criando Microsserviços – 2ª Edição: Projetando sistemas com componentes menores e mais especializados (Newman, Sam) 2 edição, 2022
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Milton Jesus | Sciencx (2024-07-21T00:46:24+00:00) Microsserviços, uma abordagem prática – (Parte – 1). Retrieved from https://www.scien.cx/2024/07/21/microsservicos-uma-abordagem-pratica-parte-1/
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