This content originally appeared on DEV Community and was authored by André N. Darcie
Microservices têm um preço. Esse preço é tempo, dinheiro, complexidade extra no desenvolvimento, latência entre serviços, manter consistência de dados, testes, monitoramento, segurança, logging distribuído, CI/CD mais complexo, organização e orquestração. O custo é alto e, na maioria dos casos, não compensa. Já passei muitas vezes pelo dilema de escolher a arquitetura certa para projetos de diferentes tamanhos e necessidades, e aprendi que microservices nem sempre são a melhor solução. Antes de entrar nessa, avalie se realmente precisa deles.
🆕 Seu produto é novo
No início do desenvolvimento, a única certeza é a mudança. Você ainda não sabe como os clientes vão usar o sistema — ou sequer se ele será usado. Mesmo contratos assinados não garantem adoção real. O foco deve ser construir um monólito enxuto (MVP), testar hipóteses rapidamente, entregar valor e adaptar-se conforme necessário. A complexidade de microservices só atrasa esse processo. A abordagem padrão para a maioria dos casos deveria ser monolítica.
👥 Sua empresa/equipe é pequena
Se até grandes empresas lidam com desafios na adoção de microservices, imagine startups e equipes pequenas. Sem um time grande e experiente para gerenciar a complexidade envolvida, você estará apenas adicionando problemas desnecessários. Microservices fazem sentido quando há múltiplas equipes trabalhando em partes independentes de um sistema de grande escala. Se esse não é seu caso, o monólito continua sendo a melhor escolha.
📈 Você não precisa de grande escala
Microservices se justificam quando há altíssimo volume de dados e tráfego, necessidade real de escalar componentes isoladamente e quando todas as otimizações possíveis dentro de uma arquitetura monolítica já foram feitas. Se seu sistema não tem esse nível de demanda, a complexidade adicional será desperdício de tempo e recursos.
🛠️ Seu código está acoplado e desorganizado
Separar um código bagunçado em microservices não resolve nada. Pelo contrário, só espalha o problema em vários lugares, tornando tudo ainda mais difícil de manter. O que realmente melhora a organização do código são boas práticas como SOLID, separação em camadas e design modular. É perfeitamente possível ter um monólito bem estruturado, robusto, desacoplado e de fácil manutenção.
Conclusão
Depois de anos lidando com diferentes projetos, aprendi que microservices não são a resposta para tudo. Pelo contrário, na maioria dos casos, um monólito bem feito é a escolha mais simples, eficiente e sustentável. Já vi times gastarem tempo e dinheiro resolvendo problemas que só existiam porque decidiram adotar microservices cedo demais. Se seu sistema ainda não sofre com desafios reais de escala e independência entre equipes, minha recomendação é clara: vá de monólito, entregue valor rápido e evite dores de cabeça desnecessárias.
Para quem deseja se aprofundar no tema, recomendo a leitura do livro Criando Microsserviços: Projetando Sistemas com Componentes Menores e Mais Especializados, de Sam Newman. Essa obra me ajudou a refletir de forma crítica sobre quando microservices
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André N. Darcie | Sciencx (2025-02-15T13:27:28+00:00) Quando não usar microserviços[PT-BR]. Retrieved from https://www.scien.cx/2025/02/15/quando-nao-usar-microservicospt-br/
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